O assassinato de Mariana Torres e António Mendes, jovens trabalhadores conserveiros, a 13 de Março de 1911, numa manifestação de rua em luta por aumento de salários foi assinalado pelo terceiro ano consecutivo pela União dos Sindicatos de Setúbal com o apoio da União de Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP), no Largo das Fonte Nova, Setúbal.
A “luta dos operários conserveiros”, levada a cabo há mais de um século, foi reprimida pela recém-criada GNR. A greve de Setúbal tinha-se iniciado no final de Fevereiro pelas mulheres empregadas nas fábricas de conservas da região, que pretendiam passar a auferir 50 réis, independentemente de se tratar de trabalho diurno ou nocturno. A República tinha sido declarada apenas há cinco meses.