Foi no Fórum Municipal Luísa Todi, em Setúbal, que decorreu, dia 5 de Junho, o Encontro pela Paz - Pela Paz todos não somos demais, promovido por 12 organizações, entre as quais a URAP, o Conselho Português para a Paz e Cooperação e as Câmaras Municipais de Setúbal e de Loures.
Anabela Carlos, do Conselho Nacional da URAP, interveio no painel sobre Paz e Desarmamento, apelando a todos para que “unamos as nossas vozes pela PAZ, contra o nazi-fascismo, contra ideais e acções fascistas, pela verdade”.
“A PAZ é um estado de equilíbrio e entendimento em si mesmo e entre outros, em que o respeito é adquirido pela aceitação das diferenças, da tolerância, e os conflitos são resolvidos através do diálogo, os direitos das pessoas são respeitados e as suas vozes são ouvidas”, disse.
“Mas não há paz sem igualdade de direitos e oportunidades para todos os seres humanos, tanto no âmbito político como no âmbito económico e social. Não há paz sem igualdade perante a lei, sem o fim da desigualdade social e económica”, acrescentou Anabela Carlos.
A oradora parafraseou o site das Nações Unidas, que afirma: “A paz é sinónimo de sociedades resilientes e estáveis, nas quais todos podem prosperar e desfrutar das suas liberdades fundamentais em vez de terem de lutar pelas suas necessidades básicas”.
Depois de lembrar que é necessário um ´desenvolvimento sustentável, erradicar a pobreza, garantir o acesso igualitário à cultura, à educação inclusiva, à saúde, sem reduzir as desigualdades sociais´, a representante da URAP sublinhou que a “paz não nos é oferecida. É fruto da união de esforços que passa por todos nós, pelos Povos, por um exercício de Cidadania Activa”.
Após a sessão de abertura, na qual falaram a presidente da CMS, Maria das Dores Meira, e a presidente do CPPC, Ilda Figueiredo, as organizações presentes abordaram - nos painéis Paz e Desarmamento, Cultura e Educação para a Paz, e Solidariedade e Cooperação - temáticas como a intervenção em projectos educativos e culturais de sensibilização para a Paz no Mundo e para o exercício de uma cidadania activa, a solidariedade e cooperação entre os povos, a irradicação da pobreza, a necessidade de melhoria das condições de vida de largas faixas da população com vista à paz social.
Referiram-se ainda ao papel das organizações católicas em Portugal na defesa da Paz e pelo desarmamento, à condenação da guerra e da invasão da Palestina, ao bloqueio a Cuba, ao fascismo e ao avanço das organizações de extrema-direita no Mundo, como forças que põem em causa a Paz e os princípios de igualdade, liberdade e não-agressão.
No final do Encontro, realizou-se pelas ruas de Setúbal um “Desfile pela Paz” com a participação de largas centenas de cidadãos, com o objectivo de sensibilizar a sociedade para a Paz, contra a guerra, pelo desarmamento e pelo fim das armas nucleares.