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No passado dia 19 de
Fevereiro de 2011 decorreu a Assembleia Geral da União de
Resistentes Antifascistas Portugueses, na Confederação Portuguesa
das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto, em Lisboa.
Com a
participação de cerca de 50 associados, a iniciativa constituiu um importante momento
da vida da associação.
A Assembleia-Geral teve como ordem de trabalhos: (i) a apreciação e votação do relatório de actividades do ano de 2010; (ii) apreciação e votação do relatório e contas e parecer do conselho fiscal do ano de 2010; (iii) a eleição dos corpos gerentes para o biénio de 2011/2012; e (iv) a eleição do Conselho Nacional.
Aurélio Santos,
coordenador do Conselho Directivo da URAP, deu início aos trabalhos,
fazendo um enquadramento ao primeiro ponto da ordem de trabalhos. Na
sua intervenção, referindo-se ao período que mediou a última
Assembleia Geral, destacou a Homenagem Nacional à Comissão Nacional
de Socorro aos Presos Políticos, especialmente a atribuição da
Medalha de Ouro Comemorativa do 50.º Aniversário da Declaração
Universal dos Direitos do Homem pela Assembleia da República à
Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos (1969-1974). Por
outro lado, sublinhou o facto de, no XV Congresso Ordinário da
Federação Internacional de Resistentes - Associação Antifascista
(FIR), em 9 e 10 de Janeiro de 2010 em Berlim, ter sido eleito um
membro do Conselho Directivo da URAP, David Pereira, para o Comité
Executivo daquela organização internacional.
Por outro lado, Aurélio Santos reforçou a importância de a URAP prosseguir o seu trabalho no sentido de promover a unidade em defesa da democracia, tendo em conta que urge congregar diferentes pessoas em torno do ideário das liberdades democráticas. Por fim, destacou a importância de unir as diferentes gerações nesse processo, destacando que a URAP não pretende ser apenas uma organização de sobreviventes, mas sim de resistentes antifascistas.
De seguida, realizaram-se várias intervenções que se debruçaram sobre a actividade da URAP durante o último ano e sobre a situação política e social na actualidade, especialmente no que concerne à luta antifascista.
Encarnação Raminho apresentou o relatório de actividades da URAP no ano de 2010. De seguida, realizaram-se intervenções dos núcleos do Porto, de Santa Iria da Azóia, da Cova da Piedade, de Setúbal e Seixal, que versaram sobre as actividades desenvolvidas durante o último ano.
Relativamente às diferentes áreas de trabalho centrais, realizaram-se várias intervenções que se debruçaram sobre: a comunicação e informação (sítio da URAP na Internet, trabalho com a Comunicação Social e Boletim); sobre o trabalho junto dos jovens (debates nas escolas, iniciativas desenvolvidas pelos jovens da URAP e integração de jovens na vida da associação); sobre o Museu de Peniche (ponto de situação do protocolo estabelecido entre a URAP e o município de Peniche) e sobre a presença da URAP no Conselho Executivo da FIR.
Foi lida uma saudação
enviada pela FIR à Assembleia Geral e uma saudação acerca da
homenagem à Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos
(1969-1974).
Relativamente a esta homenagem, Levy Baptista, Presidente da Mesa da
Assembleia Geral da URAP, aproveitou para sublinhar a importância
desta iniciativa, destacando a importância que teve para a luta
antifascista em Portugal.
Passou-se depois à apreciação do Balanço e Contas no Exercício de 2010 da URAP, cabendo a Álvaro Contreiras, do Conselho Fiscal, enunciar um parecer positivo acerca da evolução das contas da associação.
De seguida, foi apresentada a lista para os órgãos sociais da Associação para o biénio 2011-2012, que foi aprovada por unanimidade.
Feita a eleição, Marília Villaverde Cabral apresentou o plano de
actividades para o biénio 2011-2012 que também recebeu o acordo geral dos associados presentes.
Por fim, foi
apresentada e aprovada a proposta de composição do Conselho
Nacional da URAP.
Nesta reunião cessaram a sua participação como membros da Mesa da Assembleia-Geral os companheiros Francisco Lobo e Ercília Talhadas, para além de no Conselho Directivo terem findado a sua intervenção enquanto seus membros Vítor Zacarias e o coordenador do Conselho Directivo da URAP, Aurélio Santos. Juntar-se-ão a outros antigos dirigentes dos corpos sociais da URAP que foram eleitos para o Conselho Nacional. Os seus contributos e experiências pessoais continuarão a ser uma realidade na intervenção da URAP. No caso de Aurélio Santos, a criatividade, a experiência, o optimismo e a vivacidade da sua intervenção continuarão a ser também uma realidade no apoio à acção da URAP na sociedade portuguesa de hoje, aspectos essenciais para muitas das realizações da associação nos últimos anos em que várias gerações de antifascistas deram e continuarão a dar o seu contributo na organização.