História > Antifascistas
Manuel Guedes nasceu em Lisboa,
a 14 de Dezembro de 1909. Órfão de pai e mãe, foi internado no
Asilo Maria Pia com apenas oito anos. E de onde só saiu quase dez
anos depois, para se alistar como voluntário na Marinha. Pouco
antes, ocorrera o golpe de 28 de Maio.
Com toda a vivência revolucionária e antifascista existente na Marinha, adere ao PCP em 1931. Pouco depois era criada a Organização Revolucionária da Armada (ORA) e o seu jornal, O Marinheiro Vermelho, do qual foi um dos redactores.
Em Julho de 1933 é preso pela primeira vez e condenado a 18 meses de prisão. Cumprida a pena, foi libertado em Janeiro de 1935 e imediatamente expulso da Armada. É então chamado a trabalhar de perto com Bento Gonçalves, Secretário-geral do PCP.
Novamente preso em Abril, evadiu-se numa das deslocações a tribunal. Segue então para Espanha, enviado pelo Partido. Mas, ao entrar nesse país é preso por falta de documentação e posse de arma. Em Cáceres, assiste à tomada da cidade pelos fascistas de Franco, que o condena a 28 meses e um dia de prisão. Cumprida a pena, é entregue á polícia política portuguesa e fica preso até 1940.
Uma vez em liberdade, passa a integrar, com Álvaro Cunhal, o Secretariado do PCP, e participa no III Congresso desse partido, o primeiro realizado na clandestinidade, corria o ano de 1943. No IV Congresso, em 1946, seria novamente eleito para o Comité Central. Ao longo dessa década, dirige poderosas lutas de massas.
Novamente preso em Maio de 1952, Manuel Guedes é condenado a quatro anos de prisão. Mas as famigeradas medidas de segurança fazem com que permaneça 13 anos encarcerado, só sendo libertado em Março de 1965. Depois do 25 de Abril, é reintegrado na Marinha.
Faleceu em Março de 1983, com 73 anos. Passara vinte na prisão.