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José Maria do Rosário (1919-1987), nome maior da democracia portuguesa, fundador da URAP e presidente do Conselho Directivo, nasceu há cem anos. Preso pela primeira vez aos 16 anos no Aljube, em 1935, na Fortaleza de Peniche, em 1936, no Forte de Caxias e depois deportado para Angra do Heroísmo, foi restituído à liberdade em 1937 e logo detido de novo em Angra do Heroísmo até ao mês de Agosto desse ano por "medida de segurança".
José Maria do Rosário da Costa Júnior, militante do PCP, torneiro mecânico, era natural de S. Cristóvão, Ovar, onde nasceu a 2 de Junho de 1919. Morreu em 1987.
Depois do 25 de Abril, enquanto dirigente da URAP, organização fundada a 30 de Abril de 1976, José Maria do Rosário foi membro efectivo da Federação Internacional de Resistentes (FIR) e bateu-se pela criação de um Museu da Resistência na Fortaleza de Peniche.
Perseguido de forma contínua pela PIDE, José Maria do Rosário volta a ser preso em 1950, em Setúbal, para "averiguações" e mandado para o Aljube, seguindo depois para Caxias. Julgado em 1951 vai cumprir pena de três anos de prisão maior e "medidas de segurança". Volta ao Aljube em 1952 e depois para Caxias no mesmo ano. Entretanto, embora tendo interposto vários recursos, vai sendo condenado por mais tempo devido a diversos castigos que sofre por alegada "insubordinação". É proibido de receber visitas por diversas vezes durante longos períodos. Só lhe é concedida a liberdade efectiva em Agosto de 1962.
José Maria do Rosário, que exerceu a profissão de delegado de propaganda médica, participou no III Congresso da Oposição Democrática, realizado em 1973 em Aveiro, do qual fez parte de Comissão Nacional.