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O Convénio Internacional "Resistenza e Comunitá Europea", que se realizou no dia 4 de Junho em Roma, teve por objectivo comemorar o 65º aniversário da libertação desta cidade das tropas de ocupação alemã durante a II Guerra Mundial na qual os "partizan",antifascistas italianos ,em particular os comunistas, integrados na brigada Garibaldi, tiveram um papel muito importante. (ver intervenção do Coordenador da URAP)

Estiveram presentes, em representação da URAP, Aurélio Santos e
Feliciano David. convidados pelo Presidente da "REGIONE LAZIO" (cuja
área abrange a grande Roma).
De entre as várias intervenções proferidas pelos representantes das entidades oficiais, por antigos combatentes antifascistas que participaram na libertação de Roma e por Michel Vanderborght, presidente da FIR, destacamos as palavras pronunciada pelo coordenador da URAP.
Aurélio Santos após ter agradecido o convite, fez uma breve referência histórica à situação em Portugal durante a ditadura de Salazar/Caetano caracterizando a evolução do regime fascista no nosso País, entre 1926 e 1974 e dando a conhecer a luta dos resistentes antifascistas, referindo, em especial, o campo de prisioneiros do Tarrafal para onde foram deportados primeiro muitos presos políticos portugueses e depois os combatentes africanos que participaram na luta de libertação das colónias.
Acrescentou que, mercê da conivência dos países da Nato o regime fascista manteve-se, em Portugal muitos anos após a sua queda em Itália e na Alemanha.
Lembrou a Revolução de Abril de 1974, dizendo que o seu objectivo principal foi pôr fim à guerra colonial e instaurar uma democracia política, económica e social.
Partindo dos acontecimentos histórico que conduziram ao fascismo fez, ainda, uma abordagem sobre as questões da actualidade política na Europa alertando para o perigo que representa certo tipo de políticas que no fundo são idênticas ás que levaram à implantação dos regimes fascistas, e a que se convencionou chamar neoliberais, que embora reivindicando um estatuto democrático, põem em causa a democracia em por a levarem ao descrédito.
Concluiu afirmando que a grande exigência que o tempo presente nos impõe é a luta pela democracia.
Terminou a sua intervenção dando a conhecer a linha de trabalho da URAP informando que sobre estes temas a URAP promoveu um Encontro Internacional, com a participação da FIR e salientando, ainda, o grande número de jovens que participam na sua actividade.