por Gustavo Carneiro, jornalista
No ano em que se assinala o 80.º aniversário da vitória sobre o nazi-fascismo na Segunda Guerra Mundial, importa combater a violenta ofensiva ideológica que também a propósito deste acontecimento se trava, numa batalha que é sobretudo acerca do presente e dos caminhos do futuro.
1. Loucura ou algo mais?
É vulgarmente aceite que Adolf Hitler e seus seguidores eram loucos e que a isto se devia toda a brutalidade do nazi-fascismo. Com esta tese pretende-se apagar o facto essencial da natureza do nazi-fascismo e da sua ligação a importantes sectores da indústria e da finança alemãs – e não só.
No complexo de campos de concentração de Auschwitz-Birkenau, por exemplo, tudo era financiado pelo Deutsche Bank. A IG Farben-Bayer, fornecedora do gás mortal Zyklon B, a IBM, a Metall Union, a Krupp, a Allianz, a Opel, a BMW ou a Volkswagen, entre outras, beneficiaram da mão-de-obra escrava cedida pelos campos de concentração: em 1943 haveria 12 milhões de trabalhadores escravizados na Alemanha.



A Palestina enfrenta uma vez mais uma ofensiva por parte do governo de Israel, que pretende anexar, pela força das armas, Jerusalém Oriental, contrariando as resoluções da ONU, que defendem a criação de um Estado palestiniano.
Há 60 anos, a 4 de Fevereiro, jovens ligados ao Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) atacaram a cadeia de S. Paulo e a Casa de Reclusão, em Luanda, visando libertar nacionalistas angolanos encarcerados pela polícia política colonialista, além de um posto da PIDE e da rádio oficial de Angola. Estavam armados com paus e catanas.
A URAP, como organização de antifascistas e resistentes portugueses, saúda o povo chileno pela decisão, em referendo, de substituir a Constituição do país em vigor há 40 anos, elaborada no tempo da ditadura militar de Augusto Pinochet (1973-1990), por uma lei fundamental democrática e progressista.
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