No dia 6 de Agosto de 1945, já depois de terminada a II Guerra Mundial, os Estados Unidos lançaram uma bomba atómica sobre a cidade japonesa de Hiroxima, provocando milhares de mortos e mutilados devido aos efeitos das radiações atómicas, que se fizeram sentir durante várias gerações.
As bombas provocaram 140 mil mortos no momento das explosões e outros tantos até ao final de 1945, na sequência dos ferimentos. Entre os sobreviventes e os seus descendentes seguiram-se durante muitos anos as malformações e doenças oncológicas, devido à radiação.
A primeira bomba atómica foi lançada há precisamente 75 anos, em Hiroxima, às 08:15, hora local, pelo bombardeiro norte-americano Enola Gay. A bomba tinha o nome de código "Little Boy", três metros de comprimento, 71 cm de largura e uma potência equivalente a 13 quilotoneladas de TNT.
Três dias depois, a 9 de Agosto, uma segunda bomba seria lançada sobre Nagasaki. Estes bombardeamentos e o holocausto perpetrado pelos nazis alemães durante a II Guerra Mundial estão na memória de todos os democratas e amantes da paz do mundo.
Segundo a Federação dos Cientistas Americanos, existem no mundo cerca de 15 mil ogivas nucleares (1800 em estado de "alerta máximo"), das quais 14 mil estão na posse de EUA e Rússia. As restantes estão nas mãos do Reino Unido (215), França (300), China (270), Índia (110-120), Paquistão (120-130), Israel (80) e República Popular Democrática da Coreia (menos de 10).
A URAP considera que é urgente que se ponha fim às armas nucleares e que Portugal deve assinar, ratificar e promover o Tratado de Proibição de Armas Nucleares, aprovado há três anos no âmbito da ONU.
Aprovado a 7 de Julho de 2017 por 122 Estados-membros, precisa de ser ratificado por pelo menos 50 nações, e até agora apenas 40 o fizeram, para que entre em vigor.
O Japão, que hoje assinala o 75.º aniversário do bombardeamento atómico numa cerimónia mais reduzida devido ao risco de propagação da Covid-19, é um dos países que ainda não ratificou o tratado.