Em 6 e 9 de Agosto de 1945, há 78 anos, os Estados Unidos lançavam sobre Hiroxima e Nagasaki duas bombas atómicas que vitimaram 129.000 e 226.000 pessoas, respectivamente, a maioria civis.
Alguns efeitos da radioactividade do bombardeamento das duas cidades japonesas, autorizado pelo presidente norte-americano Harry Truman, três meses após ter terminado a II Guerra Mundial (8 de Maio de 1945), ainda hoje perduram, depois de ter matado as populações nipónicas por muitos anos.
“A bomba atómica surgiu dois meses antes do início da II Guerra Mundial, quando três físicos nucleares alemães – Otto Hahn, Lise Meitner e FritzStrassman – descobriram a fissão nuclear, num laboratório em Berlim.
A fissão nuclear – que consiste na divisão do núcleo de um átomo radioactivo em dois ou mais núcleos menores – provoca uma libertação repentina e intensa de energia. Esta descoberta abriu o caminho para novas tecnologias e armas nucleares.
Em Dezembro de 1942, o presidente Franklin D. Roosevelt autorizou a criação do "Projecto Manhattan" para desenvolver uma bomba atómica pelos Estados Unidos durante a II Guerra Mundial. J. Robert Oppenheimer, um físico teórico considerado o "pai da bomba atómica", foi o responsável por este projecto. “Cerca de dois meses após o termo do conflito na Europa, com a rendição total da Alemanha nazi, a primeira bomba atómica foi detonada experimentalmente no deserto de Alamogordo, no Novo México.
No entanto, no Extremo Oriente, as forças armadas japonesas ainda lutavam, apesar de não terem qualquer possibilidade de triunfar ou sequer de enfrentar o poderio militar dos Estados Unidos.
Harry S. Truman, que sucedeu ao presidente americano Franklin D. Roosevelt, autorizou o lançamento das bombas atómicas sobre o Japão, que se concretizou nos dias 6 e 9 de agosto de 1945. Na origem da autorização estiveram os estudos das autoridades militares americanas que previam cerca de 500.000 baixas em caso de invasão das ilhas nipónicas”, relata no Público, de 6 de Agosto, o médico José Filipe Monteiro.
Desde 1962, quando a antiga União Soviética quis instalar misseis em Cuba, o que veio a não acontecer e originou acordos entre as duas superpotências no sentido de não proliferação do arsenal atómico, inclusive do seu desmantelamento, o mundo não assistiu a outra ameaça, apesar das muitas guerras que continuam a proliferar.
É preciso lutar pela paz. É preciso que os conflitos sejam resolvidos à mesa das negociações. A Humanidade sabe que hoje os riscos de um novo conflito nuclear, devido à guerra que a Europa enfrenta após a invasão da Ucrânia pela Rússia, rondam novamente, e sabe que as armas nucleares são mais potentes e sofisticadas que as utilizadas em 1945.