O livro “Elas estiveram nas prisões do fascismo” foi apresentado durante o mês de Março por dirigentes da URAP na Biblioteca Municipal Ary dos Santos, em Sacavém, no Palácio Landal em colaboração com a Sociedade Recreativa Operária, em Santarém, e no Ginásio Atlético Clube, da Baixa da Banheira.
A sessão de Sacavém, dia 11 de Março, que contou com a colaboração da Câmara Municipal de Loures, foi presidida por Maria Rijo, coordenadora da Biblioteca Ary dos Santos, e coube a Marília Villaverde Cabral, vice-presidente da Assembleia Geral da URAP, fazer um resumo do livro.
A cerimónia intercalou a apresentação do livro com leituras do mesmo e momentos culturais. Foram declamados os poemas “Repressão”, de Alda Espírito Santo; “Quando vieres”, de Eugénia Cunhal; “Queixa das almas jovens censuradas”, de Natália Correia, este último projectado e cantado por José Mário Branco.
Colélia Maria Alves Fernandes, uma mulher de Sacavém, que passou muitos anos nas cadeias do fascismo, cuja história o livro relata, foi lembrada durante o evento, ao mesmo tempo que foram projectadas imagens do processo.
No mesmo dia, 11 de Março, o coordenador da URAP, José Pedro Soares, apresentou em Santarém, no Palácio Landal, o livro “Elas estiveram nas prisões do fascismo”, numa sessão antecedida por um jantar convívio, na qual participou ainda Júlia Amorim, da direcção do Movimento Democrático de Mulheres (MDM), e onde se comemorou igualmente, com a participação de dezenas de pessoas, o Dia Internacional da Mulher.
No evento, presidido por André Gomes, após a apresentação do livro seguiu-se um momento musical com a cantora Fernanda Figueira e a violoncelista Clara Curado, e ainda a exibição do filme de 2015 “As Sufragistas”, dirigido pela britânica Sarah Gavron, organizado pelo Clube de Cinema da Sociedade Recreativa Operária de Santarém.
O Ginásio Atlético Clube da Baixa da Banheira acolheu, por seu lado, dia 13 de Março, uma sessão, organizada pelo núcleo da Moita da URAP, dirigida por Irene Marques, do núcleo, para apresentar o livro “Elas estiveram nas prisões do fascismo”.
Com a presença de Cátia Nunes, presidente da Junta de Freguesia da Baixa da Banheira, entre mais de 40 pessoas, usaram da palavra Regina Marques, da Direcção Nacional do MDM, e Vivina Nunes, vereadora da Câmara Municipal, que historiou a luta das mulheres trabalhadoras nas indústrias de confecções e corticeira daquela região.
Na sessão, que terminou com um momento de poesia, foram entregues diplomas às mulheres que ao longo dos anos participaram na luta pela defesa da igualdade, liberdade e direitos das mulheres.