Condenar a guerra e exigir a paz foi o mote de todas as intervenções dos participantes da sessão organizada pela União dos Sindicatos de Braga (USB), com a participação da URAP, dia 23 de Março, em Braga.
Os oradores - Jorge Matos da URAP, Ilda Figueiredo do CPPC, Manuela Silva do MDM e João Coelho da CGTP-IN - defenderam unanimemente negociações eficazes entre a Rússia e a Ucrânia para pôr termo à guerra e o restabelecimento da paz na região.
Após assinalarem o papel parcial e mistificador dos media em geral, Jorge Matos
contextualizou o longo processo que conduziu a esta grave situação e abordou a expansão da NATO após 1990 e as ameaças e agressões dos EUA aos povos de todos os continentes.
O papel das organizações e forças democráticas para pôr fim à guerra, foi também referido, bem como a necessidade de reclamar junto do Governo português para que este defenda nas instâncias internacionais de que faz parte, a saber UE, NATO, ONU, as negociações entre as partes e uma solução pacífica, e para que recuse qualquer solução que aponte para o reforço de armamento ou dos orçamentos militares dos países membros.
Os oradores abordaram-se também as consequências desta guerra para a democracia, nomeadamente para os trabalhadores, com a súbita carestia de vida, e o perigo da divisão destes "a favor e contra", desunindo-os assim nas suas lutas reivindicativas.
Do mesmo modo, assinalaram o crescimento de forças e ideias fascistas e neonazis em Portugal, na Europa e no mundo, onde se registam já manifestações de anticomunismo e outros comportamentos antidemocráticos.