Em Lisboa, no Porto, em Vila Franca de Xira, na Moita, em Santarém, em Viseu, em Almada, e em tantos outros lugares, membros e amigos da URAP festejaram o 48º aniversário do 25 de Abril, fazendo exposições, convívios ou integrando-se nos desfiles oficiais das comemorações populares.
Em Lisboa, a imensa manifestação desceu, como sempre a Avenida da Liberdade até ao Rossio, onde se realizou um comício. O ambiente era de festa e de notar o número de jovens que este ano veio celebrar Abril.
O pano da URAP, que saúda o 25 de Abril e rejeita o fascismo, era segurado pelos dirigentes da organização, seguido por muitas pessoas.
No Porto, um grande número de amigos da URAP, organização que integra a Comissão Promotora das Comemorações Populares do 25 de Abril do Porto, concentrou-se junto à antiga cadeia, no Largo Soares dos Reis, onde Mário Esteves e Manuela Espirito Santo falaram aos manifestantes, para em seguida descerem a Rua dos Aliados.
Mário Esteves, dirigente da URAP, destacou o facto de o início do desfile ser “em frente ao edifício onde a polícia política prendeu, torturou e matou”, enquanto a escritora Manuela Espirito Santo focou a sua intervenção na responsabilidade dos órgãos de comunicação social “no momento particularmente conturbado em que vivemos”.
Em Vila Franca de Xira, o núcleo da URAP organizou um desfile comemorativo do 25 de Abril na cidade de Vila Franca de Xira, encabeçado pelos ex-presos políticos Afonso Rodrigues, Álvaro Pato, António Nabais, Eduardo Meireles e José Ernesto Cartaxo.
Juntaram-se ao desfile elementos dos movimentos associativo e sindical e muitas, muitas pessoas para comemorar e defender Abril. No final usaram da palavra Cláudia Martins, do núcleo concelhio da URAP, e Álvaro Pato, ex-preso político e natural de Vila Franca de Xira.
Em Almada, o núcleo da URAP esteve presente com uma faixa e integrou o desfile para a Praça do Movimento das Forças Armadas, onde no Monumento aos Perseguidos depositou uma coroa de flores.
Inicialmente, houve uma sessão solene da Assembleia Municipal, no Fórum Romeu Correia, seguindo-se nas Praças de São João Batista e da Liberdade actuações das quatro Bandas Filarmónicas de colectividades do concelho, das fanfarras das corporações de bombeiros de Cacilhas e de Almada e de grupos folclóricos do concelho.
Na Moita, o núcleo da URAP integrou o desfile do 25 de Abril do movimento associativo e participou num jantar comemorativo da data em conjunto com o MDM, o ACR e o Ginásio Clube.
Em Setúbal, a URAP participou na homenagem aos antifascistas com deposição de flores no Monumento à Resistência, na Avenida Luísa Todi, numa iniciativa organizada pela autarquia em conjunto com a URAP. O presidente da Câmara, André Valente Martins, e Pedro Soares, do núcleo da URAP, usaram da palavra. Em seguida, no Fórum Municipal Luísa Todi decorreu a Sessão Solene do 25 de Abril, da Assembleia Municipal de Setúbal, que incluiu uma homenagem a Adriano Correia de Oliveira e um apontamento musical pelo Coro Feminino TuttiEncantus.
No dia 24 de Abril, Adilo Costa, do Conselho Nacional da URAP, esteve em representação da organização num jantar de democratas, em Setúbal, comemorativo do 25 de Abril.
Em Palmela, está patente ao público a exposição documental "25 de Abril sempre”, cedida pela URAP, no âmbito da parceria com a Câmara Municipal de Palmela, no paredão do Largo de S. João, até dia 3 de Maio.
A exposição da URAP "Casas e lugares clandestinos de luta contra o Estado Novo no concelho de Palmela" foi aberta ao público no Foyer do Cine-Teatro S. João. Resulta de uma parceria com a Câmara Municipal de Palmela.
A convite da Junta de Freguesia de Pinhal Novo (concelho Palmela), a URAP esteve presente na deposição de uma coroa de flores no monumento ao 25 de Abril.
Em Braga, a URAP organizou a exposição “25 de Abril – ontem e hoje – evocação, memória e luta”, na Casa do Trabalhador, numa iniciativa que contou como apoio da União dos Sindicatos do Distrito de Braga. Nela estão retratados os 48 anos pela liberdade e a democracia em Portugal, e ainda os tempos que antecederam a revolução. A mostra estará patente até 13 de Maio e integra-se no programa das “comemorações populares do 25 de Abril” que inclui também, entre outras iniciativas, o concurso de desenho “Semear o mundo”, no qual participam crianças entre os 5 e os 10 anos.
Em Mafra, no Jardim das Camélias, em frente ao Jardim do Cerco, o núcleo da URAP de Mafra organizou uma concentração para homenagear todos os antifascistas presos entre 1933 e1974. “Aos que em Mafra, na longa noite fascista, foram portadores da chama da liberdade. O nosso reconhecimento”, lê-se na placa instalada no local no 40º aniversário do 25 de Abril.
Usou da palavra Eugénio Ruivo e os presentes depuseram simbolicamente 48 cravos junto da lápide, apelaram à futura instalação de um memorial, num espaço nobre da cidade, com os nomes dos 140 antifascistas presos, no âmbito das comemorações do 50º Aniversário do 25 Abril.
Em Chaves, realizou-se um debate organizado pela União de Sindicatos de Vila Real, com intervenções da URAP, ACR, Amnistia Internacional e a CGTP, que encerrou. Maria José Ribeiro, da URAP, apresentou a organização, que em 30 de Abril comemora o 46º aniversário, a razão da sua criação, a sua actividade, dando a seguir exemplos da luta travada, a nível pessoal e familiar, contra o regime fascista e suas consequências, o papel das Mulheres, no antes e depois de Abril, e a luta continuada pela defesa dos seus valores.