A Revolução do 25 de Abril de 1974 teve um dos seus momentos determinantes quando, já na madrugada de dia 27, se abriram os portões das cadeias de Caxias e de Peniche e os presos políticos foram libertados.
Os milhares de presos que passaram pelas cadeias do fascismo, a maioria tendo sofrido a tortura e mesmo alguns mortos, foram vítimas da repressão da PIDE, um factor determinante para que a ditadura durasse 48 anos.
Em Caxias, para assinalar esse dia de há 50 anos, a URAP organizou uma cerimónia junto ao Monumento aos Libertadores e Libertados, presidida por Ana Pato, do Conselho Directivo da URAP.
Com a presença de centenas de pessoas, usaram da palavra Mário Araújo, ex-preso político e do Conselho Nacional da URAP, o comandante Caldeira Santos, da Associação 25 de Abril, Ulrich Schneider, secretário-geral da FIR – Federação Internacional de Resistentes, e Isaltino Morais, presidente da Câmara Municipal de Oeiras.
Os oradores relataram os entraves para a libertação dos presos, a recusa inicial da PIDE e dos carcereiros para abandonar a fortaleza, a ordem de Spínola para que não saissem os presos com crimes de sangue e a decisão dos presos de “ou todos ou nenhum”, e a concentração de milhares de pessoas – familiares e amigos – junto à cadeia.
No início da cerimónia, a banda da Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense SMFOG - Música Velha tocou o Hino de Caxias e a Grândola Vila Morena.