A URAP - União de Resistentes Antifascistas Portugueses participou na Jornada Internacional “Memória histórica na perspectiva ibérica - ditadura, repressão e transformação democrática”, dias 27 e 28 de Setembro, organizada pelo Observatório Europeu de Memórias (EUROM), da Universidade de Barcelona, e pela Associação Memorial no Cemitério de Cáceres (AMECECA).
O evento, que decorreu na Biblioteca Pública de Cáceres, contou com a colaboração do Museu do Aljube Resistência e Liberdade, de Lisboa, e do Museu Nacional Resistência e Liberdade (MNRL), de Peniche.
Edgar Costa e José Baguinho, do Conselho Directivo da URAP, estiveram presentes na conferência, tendo o primeiro falado sobre a actividade actual da organização e as linhas de trabalho fundamentais. Anteriormente, a URAP tinha entregado aos organizadores uma saudação à Jornada Internacional e o livro “Forte de Peniche, memória, resistência e luta”.
A conferência analisou alguns aspectos do passado recente de Espanha e Portugal, considerando a ligação histórica entre os dois países. Os regimes ditatoriais, a repressão sofrida e a luta pelo estabelecimento de uma sociedade democrática, foram os principais eixos temáticos. A estes temas juntou-se a experiência grega e as suas características, debatidas em “Transições para a democracia no sul da Europa”.
Pelo Museu do Aljube intervieram os historiadores Luís Farinha e Francisco Bairrão Ruivo; e a museóloga Aida Rechena, directora do Museu Nacional Resistência e Liberdade, de Peniche. Os oradores abordaram temas como a Revolução de Abril, a Constituição da República e a importância de conservar os museus da resistência e liberdade.
José Hinojosa, historiador e vice-presidente da AMECECA , falou sobre “A antiga prisão de Cáceres: nove anos a reivindicar a sua conversão num centro cívico memorial” e sobre o “Roteiro pelos espaços da repressão franquista em Cáceres”.