Com a eleição dos novos corpos sociais, realizou-se, dia 28 de Março, a Assembleia Geral anual da URAP, que, para além de analisar o Relatório de Contas, aprovou o Relatório de Actividades do ano de 2014 e discutiu o Plano de Actividades para 2015.
Encarnação Raminho, da direcção, apresentou o Relatório de Actividades, pormenorizando todas as iniciativas levadas a cabo pela URAP em 2014, Álvaro Contreiras, do Conselho Fiscal, destacou no Relatório de Contas as dificuldades financeiras da URAP e a consequente necessidade de se tomarem medidas para uma maior e melhor recolha de fundos, nomeadamente através da quotização, não sem desligar o problema da recuperação financeira da URAP das acções dos núcleos, problema esse que foi também sublinhado por Diamantino Torres.
A assembleia foi presidida por João Corregedor da Fonseca e nela foram relatadas as actividades dos núcleos da URAP do Porto e Santa Iria da Azóia, respectivamente por Celestina Leão e Cláudio Pereira, tendo a primeira abordado, entre outros, os temas do abaixo-assinado para reclassificação da antiga sede da PIDE em museu da resistência, e o segundo, a actividade local do núcleo.
Pelo núcleo de Setúbal interveio Pedro Soares que destacou as sessões da URAP nas escolas e a passagem da tocha da Paz pelo concelho de Setúbal e Palmela; enquanto pelo núcleo de Almada tomou a palavra Mário Araújo para apresentar um relatório detalhado de actividades, destacando as sessões em escolas e visitas à antiga cadeia de Peniche.
Coube a Marília Villaverde Cabral traçar o Plano de Actividades para 2015. A coordenadora da URAP apontou para um futuro muito próximo iniciativas como as celebrações do 25 de Abril, a continuação das comemorações do fim da II Guerra Mundial, o Comboio dos 1000 que levará 50 jovens portugueses a visitar o campo de concentração de Auschwitz, a viagem à cidade-museu de Oradour-sur-Glane, vítima de um massacre do exército nazi.
Como tarefas constantes encontram-se a recolha de assinaturas para o museu da resistência no Porto, o reforço dos núcleos da URAP e a angariação de fundos, indispensável ao funcionamento da organização.
Para mais tarde, em Setembro, a URAP vai organizar a tradicional romagem ao Mausoléu dos antifascistas assassinados no Campo de Concentração do Tarrafal, no Cemitério Alto de São João.
Falou em seguida Celestina Leão, em nome de José Pedro Soares, que referiu a importância da actividade da URAP junto de muitas escolas. Importância para o esclarecimento das novas gerações, combate ao branqueamento do fascismo e sua denúncia. As crianças e jovens de todo o país têm efectuado inúmeras visitas guiadas à antiga cadeia de Peniche, local de detenção, tortura e maus-tratos a milhares de antifascistas portugueses.
Olga Macedo interveio sobre a Tocha da Paz e da Liberdade, grande iniciativa da FIR que a URAP acolheu em Portugal, que fez a tocha percorrer grande parte do país, envolvendo muita gente, durante duas semanas, enquanto se lembraram os horrores da guerra e se prestou homenagem aos resistentes.
Feliciano David apresentou uma moção sobre a tentativa da Câmara Municipal de Santa Comba Dão de criar o Museu Salazar e Ivo Serra falou sobre a situação internacional e a ligação da URAP com a FIR.
A intervenção de Ana Pato versou sobre o boletim, a página da URAP na internet e no Facebook e sobre a complementaridade destes meios de divulgação da actividade da organização e de contacto com os sócios.
Os documentos foram todos votados e aprovados por unanimidade pelas mais de 40 pessoas presentes no anfiteatro do Museu da República e Resistência, em Lisboa, cedido para o efeito.
Os presentes homenagearam o companheiro Américo Leal, que deixa de fazer parte da Mesa da Assembleia e passa a fazer parte do Conselho Nacional, e aprovaram um voto de louvor ao antifascista e colaborador da URAP José Casanova, já falecido, pelo seu papel na luta pelos ideais democráticos.
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