O depoimento de antigos presos nas instalações da cadeia da PIDE no Porto, hoje Museu Militar, e uma visita guiada ao espaço, assinalou, dia 4 de Março, a conclusão da primeira fase da implementação do projecto "Do Heroísmo à Firmeza", que visa a instalação de um projecto museológico naquele local.
Mais de 80 pessoas, entre as quais a coordenadora da URAP, Marília Villaverde Cabral, e alguns ex-presos políticos naquela cadeia, estiveram presentes para testemunhar a reabilitação física do percurso dos presos políticos com a inerente informação a fornecer ao visitante.
Intervieram no evento a médica Manuela Praça, que se referiu à luta juvenil e estudantil e à sua prisão, que lhe valeu ficar impedida de concluir o curso, o que veio a suceder apenas depois do 25 de Abril. António Graça, igualmente médico, que partilhou as circunstâncias da sua prisão e o brutal ambiente prisional, no qual sofreu a tortura da estátua e do sono durante vários dias. Jorge Carvalho, antigo activista do Movimento da Juventude, que foi o último preso a ser libertado no dia 26 de Abril de 1974, e recordou o ambiente de tensão vivido nessa altura.
A segunda fase, que agora se inicia, e culminará a 29 de Abril destina-se a transformar o local num retrato vivo da memória colectiva da luta da resistência ao fascismo, e da componente didáctico-pedagógica como eixo importante na formação da identidade das novas gerações.
Entretanto, prossegue a campanha de fundos, indispensáveis ao desenvolvimento do projecto. Os contributos devem ser depositados na conta com o seguinte NIB: 0007 0000 0032 5501 3492 3.


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