Contra o Museu Salazar

Comunicado

1 . A Comissão Directiva da URAP torna público que foi entregue esta semana na Inspecção Geral da Administração do Território (IGAT) uma participação contra a Câmara Municipal de Santa Comba Dão.

2 . Dessa queixa consta uma análise exaustiva de todo o processo relativa às decisões da Câmara sobre o inicialmente denominado "Museu Salazar", depois "Museu do Estado Novo", e, mais recentemente, eufemisticamente rebaptizado "Centro Documental Museu e Parque Temático do Estado Novo".

3. No entender da URAP, há indícios suficientes de que a Câmara Municipal de Santa Comba Dão pretende avançar com um projecto que não tem suporte nas deliberações efectivamente tomadas no exercício dos órgãos autárquicos (ou até as contraria). Por outro lado o projecto do Museu Salazar constitui uma operação financeira altamente desvantajosa para o município e, por conseguinte, para os contribuintes portugueses, nomeadamente a pensão vitalícia de 2000 euros mês paga ao sobrinho neto de Salazar, em troca da «doação» duns «tarecos» que pertenceram ao ditador fascista e pouco mais, e sem qualquer aprovação da Assembleia Municipal nesse sentido.

4. Como diz o nosso povo "o que nasce torto tarde ou nunca se endireita".

Confirma-se que o projecto do "Museu Salazar" nasceu em confronto com a Constituição da República e a Lei, está eivado de ilegalidades no próprio processo de decisão municipal e está cada vez mais confrontado com a constatação da respectiva ilegalidade.

5. E sobretudo o Museu Salazar está confrontado com a resistência crescente da opinião pública democrática ao objectivo inaceitável de edificar e concretizar um "santuário" do criminoso regime fascista, deposto em 25 de Abril de 1974.

Pel' O Conselho Directivo da URAP

Aurélio Santos

2007-05-08

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Comunicado

A Comissão Directiva da URAP torna público que até hoje, 24 de Abril de 2007, estão entregues nos serviços centrais da União dos Resistentes Antifascistas Portugueses 10.000 assinaturas contra a concretização do chamado "Museu Salazar", em Santa Comba Dão, que agora eufemisticamente foi rebaptizado de "Centro Documental Museu e Parque Temático do Estado Novo".

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Comunicado da URAP

O Conselho Directivo da URAP analisou na sua reunião desta semana os acontecimentos que rodearam a Sessão Pública de afirmação dos ideais antifascistas promovida pelo Núcleo de Viseu e Santa Comba Dão no passado sábado, dia  3 de Março, tendo aprovado a seguinte declaração:

Declaração da URAP

sobre os acontecimentos de Santa Comba

1- O Conselho Directivo da URAP saúda a coragem cívica dos seus aderentes de Viseu e Santa Comba Dão ao chamarem a atenção dos democratas portugueses para o perigo de criar um santuário de revivalismo fascista à volta do Museu Salazar projectado para Santa Comba.

Os acontecimentos de sábado passado, com a presença de neo-nazis exibindo a saudação fascista, insultando os democratas reunidos para afirmação dos ideais antifascistas, manipulando e incitando a população  da cidade nesse sentido e contra o 25 de Abril, comprovaram a justeza das prevenções que estavam na origem da Sessão.

2- Compreendendo o significado da iniciativa, o Conselho Directivo da URAP enviou uma delegação à Sessão promovida pelos aderentes de Santa Comba e Viseu, à qual se associaram também muitos antifascistas do distrito de Viseu e de outras regiões do país.

A Sessão Antifascista foi uma acção legítima, promovida no exercício dos direitos democráticos, dentro da legalidade democrática garantida pela Constituição Portuguesa. O que realça o caracter antidemocrático dos que pretenderam contestá-la aos gritos de «Viva Salazar» e com a mão erguida em saudação fascista.

3- O Conselho Directivo da URAP considera que se tem vindo a desenvolver, de forma insidiosa ou cada vez mais aberta, uma campanha de branqueamento do fascismo e de «reabilitação» da sua política e dos seus protagonistas mais responsáveis. Iniciativas como a promoção de Salazar como «o melhor português de sempre»terão também contribuído para virem à luz do dia   manifestações fascizantes como as de Santa Comba.

4- A história do «Estado Novo» não pode ser esquecida, em toda as suas dimensões e consequências. Mas tem de ser feita com rigor científico, numa perspectiva democrática e não a partir de concepções instiladas pela propaganda fascista. Não pode ser falseada com a criação de uma instituição memorial de homenagem ao seu maior responsável, como se projecta no anunciado Museu Salazar de Santa Comba. 

5- A URAP continuará a lutar contra essa ou outras formas de branqueamento da página negra que foi na História de Portugal a ditadura fascista de que Salazar foi o principal protagonista. E nesse sentido apelamos a que todos os membros da URAP, em todo o país, apoiem e divulguem o abaixo-assinado apresentado na Sessão de Santa Comba contra a criação do projectado Museu Salazar.

6- A URAP alerta para os perigos que para a Democracia portuguesa constituem as várias formas que está tomando a promoção da ideologia fascista e o branqueamento e reabilitação da  ditadura fascista.

7- De acordo com as suas tradições de luta antifascista, antes e depois do 25 de Abril, a URAP lança um apelo

aos membros da URAP,

aos  democratas portugueses,

a todos os que defendem o 25 de Abril

para desenvolverem activamente uma acção de defesa dos ideais democráticos e antifascistas e de combate às perversões da Democracia, tão esperançosamente acolhida como ruptura com o passado fascista e abertura de uma nova era de liberdade e progresso para  Portugal.

Conselho Directivo da URAP

União dos Resistentes Antifascistas Portugueses

 

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