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Pela ocasião do 70º aniversário da agressão à Polónia por parte da Alemanha Hitleriana, no 1º de Setembro de 1939, que assinala o início da Segunda Guerra Mundial, a FIR - a associação que abarca organizações de antigos resistentes, partisans, membros da antiga coligação anti-Hitler, perseguidos pelo regime Nacional Socialista e antifascistas de gerações actuais de mais de 20 países europeus e Israel, toma a iniciativa de uma nova política internacional de paz.

Nós relembramos o facto que há 35 anos, pela acção política dos povos e estados no processo CSCE, foi possível eliminar da Europa o perigo de guerra.

Consideramos que este processo social também hoje é essencial. Verificamos que a primeira tentativa de resolução dos conflitos, a nível mundial, é militar.

As guerras no Iraque e Afeganistão, a escalada militar no médio Oriente e o aumento de formas não estatais de violência (terrorismo e pirataria) dão forma à nossa realidade. Ao mesmo tem que a aliança militar NATO reclama para si um envolvimento global, supostamente para a "defesa dos valores ocidentais", sendo ignorados os atropelos aos direitos humanos, até mesmo assassínios em massa são relegados para segundo plano em detrimento de interesses por matérias prima.

Já não se trata de reclamar um "novo mundo de paz e liberdade", como os sobreviventes, resistentes e deportados de 1945 desejavam.

Trata-se do interesse pelas reservas de matérias prima e a imposição de Poder. O direito da autodeterminação dos povos é assim ignorado.

Como mensageiros de paz - designação das Nações Unidas - nós pedimos às Nações unidas, às organizações internacionais e forças sociais que apõem e desenvolvam iniciativas para uma nova política de paz. O que inclui o reconhecimento da existência de todos os estados e a implementação de uma ordem económica equitativa no Mundo. Consideramos também que a União Europeia pode dar uma contribuição se rejeitarem a militarização da política externa, enunciada no tratado de Lisboa.

Neste sentido nós apelamos às forças de paz, sindicatos, partidos e críticos da globalização, para serem activos em acções, em eleições e explicações para uma nova política mundial de paz.

A FIR chama todos os membros a participarem com as suas experiências históricas.


Setembro 1, 2009

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Prezados amigos e companheiros da Resistência antifascista,

A queda do fascismo só chegou a Portugal em 1974, com a revolução que ficou conhecida no mundo como a Revolução dos Cravos.
Com a  Revolução antifascista o povo português criou em Portugal um regime de Democracia avançada, abrangendo, além da democracia política, vertentes económicas e sociais, que abriram possibilidades de grandes passos em frente do nosso país para superar as condições de miséria , injustiças e obscurantismo que meio século de ditadura fascista e 12 anos de guerras coloniais tinham imposto ao nosso povo.
É com profunda preocupação que nós, resistentes e antifascistas, vemos emergir na sociedade portuguesa, 30 anos após a  instauração da democracia, inquietantes campanhas de branqueamento da ditadura fascista, dos seus crimes e das suas políticas, tentativas de reabilitação dos seus responsáveis e mentores, a par do apagamento do significado e valores da luta antifascista e da memória daqueles que lutaram para que fosse livre o terreno que hoje pisamos.
A luta antifascista  mantém-se pois como necessidade actual.


Só uma grave ou leviana incompreensão da História pode levar à convicção de que a derrota do nazi-fascismo na Segunda Guerra Mundial pôs em definitivo o mundo ao abrigo de regimes autoritários ou ditatoriais que restabeleçam os métodos e  as políticas que o fascismo quis impor ao mundo na sua versão do  Século XX.
No mundo de hoje encontramos igualmente traços de crises sociais, políticas, económicas, ideológicas, que projectam inquietantes perspectivas para a humanidade.
A violência da exploração, a injustiça social, corroem a democracia, retira-lhe apoios sociais, porque a democracia política não é acompanhada por uma justiça social, dando-se prioridade à concentração de lucros e capitais, com as consequências sociais e medidas políticas a que isso conduz. Desacreditam-se instâncias políticas, conceitos ideológicos e valores sociais que estavam credibilizados com a vitória da democracia, deixando as pessoas numa massa mais maleável para a demagogia e a manipulação. À sombra do combate ao terrorismo e do medo à violência, que acompanha os factores de desagregação social, desrespeitam-se direitos humanos, liquidam-se liberdades.
É um terreno onde o fascismo, a sua ideologia, a sua prática de violência, o seu desprezo pelos direitos humanos e pela democracia têm condições para manipular ressentimentos e explorar rancores, revoltas e descontentamentos.
Não pode deixar de nos alertar a insidiosa campanha em curso de branqueamento das ditaduras fascistas e  falseamento da memória da luta antifascista, ao mesmo tempo que as forças de direita e extrema direita ganham terreno no espaço europeu.
Consideramos pois que a denúncia do fascismo e a luta antifascista se mantêm como necessidade actual das aspirações humana de paz e liberdade.

A nossa União de Resistentes Antifascistas Portugueses considera que nela não podem apenas estar empenhados os que viveram e conheceram a ditadura fascista. A participação das novas gerações é essencial. Nesse sentido, estamos  desenvolvendo  uma acção para a formação do que chamamos Núcleos de  Juventude Anti Fascista, integrados, a todos os níveis, nas estruturas da nossa União de Antifascistas.
Temos como preocupações principais o reforço da actividade da URAP, com a consolidação dos seus Núcleos e a sua  projecção na sociedade portuguesa, o alargamento às novas gerações, o desenvolvimento de iniciatiivas que reforcem os sentimentos antifascistas do povo português.

Assim desenvolvemos a luta para levar à prática a nossa palavra de ordem: FASCISMO NUNCA MAIS!



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