O núcleo da Urap de Vila Nova de Gaia organizou uma sessão pública a que chamou: Como chegamos aqui? Para onde vamos?”, dia 17 de Fevereiro, para a qual convidou o ex-preso político Domingos Abrantes para falar sobre a sua vida e o o seu percurso político.
A sessão, que decorreu no salão da Junta de Freguesia de Canidelo, em Vila Nova de Gaia, encheu-se com pessoas de todas as idades para ouvir na primeira pessoa o resistente antifascista, preso político e perseguido pelo antigo regime que governou Portugal durante 48 anos, derrubado pelo MFA em Abril de 1974.
Domingos Abrantes, que afirmou “sentir-se felizardo porque ainda pôde ver a revolução popular nas ruas, em contraste com outros que morreram nas masmorras do fascismo e que deram a vida para nós podermos ser livres”, centrou o seu discurso sobre o significado do fascismo na prisão de pensamento, na manutenção da pobreza da maioria, nas leis que violavam os direitos humanos e no descarado e impune quase esclavagismo das classes trabalhadoras.
Do encontro saiu claro que foi graças à luta e à tenacidade de muitos e muitos cidadãos que se levou a cabo o 25 de Abril de 1974 e construiu a democracia, que neste momento forças de extrema-direita querem destruir.