Uma peça escultórica evocativa da libertação dos presos políticos da prisão de Caxias, que ocorreu dia 26 de Abril de 1974, da autoria do escultor Sérgio Vicente, com o número de presos que estiveram detidos no Forte entre 1936 e 1974, vai ser inaugurada no dia 10 de Junho às 12:00, na Estrada de Gibalta, junto à Estação da CP de Caxias.
A inauguração da peça, escolhida por um júri entre diversas propostas apresentadas, esteve inicialmente prevista para 26 de Abril passado, mas só agora vai ser possível em resultado do atraso das obras devido à pandemia.
Junto ao monumento existe um passeio em barras, de pedra calcária, no qual está gravado o número de presos, ano a ano, que, de 1936 a 1974, passaram por aquela cadeia. Este número foi apurado pela URAP, após um trabalho realizado nos últimos anos na Torre do Tombo de consulta minuciosa aos registos nas fichas da PIDE que se encontram aí depositadas.
A URAP apela aos sócios e amigos - sobretudo aos ex-presos políticos que estiveram naquela cadeia do fascismo - para que compareçam à inauguração, que é igualmente uma homenagem aos resistentes antifascistas portugueses.


A URAP – uma das onze entidades que aderiram ao Encontro Pela Paz que decorrerá a 5 de Junho de 2021 – esteve presente, dia 29 de Maio, na conferência de imprensa de apresentação do evento, uma iniciativa conjunta da Câmara Municipal de Setúbal e do Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC).
"Nós, abaixo-assinados, agindo em nome do Alto Comando Alemão, aceitamos a capitulação incondicional de todas as nossas Forças Armadas em terra, no mar e no ar, assim como de todas as forças actualmente sob comando alemão, perante o Supremo Comando do Exército Vermelho bem como perante o Supremo Comando do Corpo Expedicionário Aliado".
A URAP torna desde já a público a decisão de evocar, no dia 1 de Maio de 2021, os 85 anos da jornada de 1936, quando antifascistas colocaram seis bandeiras vermelhas nos edifícios dos Correios e Telégrafos, Capitania do Porto, Portas da Alfandega, Central Eléctrica, Escola Industrial e obras do Porto de Abrigo daquela cidade.
A URAP, respondendo ao apelo da Comissão Promotora das Comemorações Populares do 25 de Abril, que integra, cantou a "Grândola, Vila Morena" e o Hino Nacional, a partir da suas sedes em Lisboa e em Setúbal, juntando-se assim aos milhares de pessoas que cantaram a partir das suas janelas e a partir de outras associações, colectividades e sindicatos. No Porto, foram colocados cravos e uma faixa no local onde, todos os anos, se assinala o dia da Revolução.
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