A URAP e a Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) assinaram, dia 17 de Julho, em Peniche, um protocolo de cooperação que visa o desenvolvimento de um conjunto de acções, nomeadamente partilha de conteúdos, previstas no projecto de criação do Museu Nacional da Resistência e da Liberdade.
Com a presença da Ministra da Cultura, o protocolo foi assinado pelo membro do Conselho Directivo da URAP e ex-preso político José Pedro Soares e pelo director-geral do Património Cultural, Bernardo Alabaça. Na mesma ocasião, a DGPC assinou um documento com os mesmos objectivos com António Capucho, representante do PCP, outra das entidades que integra a Comissão de Instalação dos Conteúdos e da Apresentação Museológica.
José Pedro Soares valorizou, na sua intervenção, o trabalho, a colaboração e a parceria com a DGPC; o Memorial erguido no pátio da fortaleza em honra dos presos políticos; o circuito da solidariedade e resistência; o trabalho da URAP nas escolas; o acompanhamento de grupos de visitantes e outras iniciativas que ali decorreram; sublinhando a importância dos objectos e muitos documentos que os ex-presos deixaram e que agora serão entregues para que possam ser expostos no Museu.
Graça Fonseca, por seu lado, afirmou que "o se quer naquele local não é apenas um museu, mas algo em que as novas gerações possam reviver aquilo que nunca imaginaram que alguém viveu", acrescentando que a participação cívica no museu é uma das formas de "garantir que o fascismo nunca mais voltará a existir em Portugal".


A URAP apoia a
O
"Era Abril e do escuro, mais escuro, rompeu a aurora da nossa liberdade", pode ler-se agora na pedra calcária que ladeia a peça escultórica evocativa da libertação dos presos políticos que no dia 26 de Abril de 1974 se encontravam encarcerados pelo regime fascista na cadeia de Caxias.
"O racismo não é uma opinião, é um crime, um atentado à democracia e à liberdade", afirmou Francisco Canelas, da direcção da URAP, que representou a organização no "Ato Público de Solidariedade com o povo dos EUA! Pela justiça e igualdade social" promovido pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC).
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