Maria Lourença Calção Cabecinha, militante antifascista e ex-presa política, morreu dia 7 de Janeiro em Montemor-o-Novo aos 88 anos.
Nascida no Monte da Aldeia, S. Cristóvão, em 1933, era filha única de um casal de trabalhadores rurais. Foi o pai que lhe ensinou as primeiras letras, dada a ausência de escola naquela zona. Ela própria trabalhou no campo desde os 12 anos e só mais tarde, depois de ter estado presa, faria o exame da antiga 4ª classe.
Começou a viver com o militante comunista António Gervásio aos 18 anos, altura em que se tornou também funcionária desse partido, e o filho de ambos, que só viveria com os pais os primeiros três anos, foi aos 18 anos para França para fugir à guerra colonial.
Lourença Cabecinha esteve cinco anos e meio presa no Forte de Caxias, entre 1964 e 1969, tendo sido julgada apenas dez meses após a detenção. Tinha sido condenada a dois anos e dez meses de prisão maior com medidas de segurança.


Francisco Lobo, resistente antifascista, ex-presidente da Câmara Municipal de Setúbal, que pertenceu à direcção da URAP e foi director do Boletim, morreu dia 27 de Novembro, no Barreiro, de onde era natural, aos 90 anos.
Firmino João Martins, sócio da União de Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP), lutador antifascista e membro do Partido Comunista Português, morreu dia 12 de Novembro, em Albufeira, Algarve, aos 96 anos.
Sérgio Carvalhão Duarte, médico, especialista em patologia clínica, que trabalhou longos anos nos Hospitais Civis de Lisboa, nomeadamente no Hospital de Sta Marta, morreu em Lisboa, dia 5 de Novembro, aos 97 anos.
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