Um dos últimos presos a ser libertado da cadeia de Caxias a 27 de Abril de 1974, o sociólogo Luís Moita, militante antifascista e anticolonialista, que pertenceu à Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos, morreu dia 28 de Janeiro aos 83 anos.
Luís Manuel Vítor dos Santos Moita era doutorado em Ética pela Universidade Lateranense, em Itália, foi sacerdote católico e um opositor activo contra a guerra e a ditadura, tendo sido preso em Caxias, em 23 de Novembro de 1973, barbaramente torturado com espancamentos e tortura do sono.
Um dos protagonistas da vigília da Capela do Rato, em 1972, Luís Moita foi um estudioso da guerra e da paz, que cooperou com países africanos.
Nascido em Lisboa, a 11 de agosto de 1939, fez a instrução primária na Escola Primária de Alcanena, frequentou o Liceu Camões e o seminário de Almada, Seminário Maior dos Olivais. Em seguida, tirou a licenciatura em Teologia na Universidade Gregoriana, em Roma.