No dia 27 de Abril, exactamente 44 anos depois da libertação dos presos políticos de uma das mais sinistras prisões políticas, a cadeia de Peniche, que ocorreu dois dias depois da Revolução de Abril de 1974, foi entregue ao ministro da Cultura o "guião para os conteúdos" do futuro Museu Nacional da Resistência e Liberdade.
A cerimónia decorreu no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, onde a Comissão de Instalação dos Conteúdos e da Apresentação Museológica (CICAM) entregou a Luís Filipe Castro Mendes a museografia, que irá agora ser trabalhada pela equipa que vencer o concurso público, com os conteúdos do futuro museu, que vai ser criado na Fortaleza de Peniche e deverá ser inaugurado a 27 de Abril de 2019.
O guião foi remetido por Paula Silva, directora-geral do Património, presidente da Comissão de Instalação dos Conteúdos e da Apresentação Museológica (CICAM), na presença de presos políticos como Domingos Abrantes e José Pedro Soares, que integram igualmente a comissão.


O antifascista José Pulquérito, militante e funcionário do PCP, preso duas vezes, em Caxias e Peniche, onde esteve encarcerado durante quatro anos, morreu dia 23 de Abril, aos 96 anos.
"Hoje é dia de festa, mas não podemos deixar de alertar para os perigos que o mundo atravessa com a acumulação de tensões em várias regiões do Mundo. A URAP tem-se associado a outras organizações pela paz e tem tomado posição sobre vários acontecimentos preocupantes, nomeadamente o ataque à Síria, o massacre do povo palestiniano, a prisão ilegal de Lula da Silva, na sequência de um verdadeiro golpe de estado", disse Marília Villaverde Cabral no almoço de comemoração do aniversário da URAP.
Integrado nas comemorações da revolução do 25 de Abril, organizadas pela Junta de Freguesia do Couço, foi lançado nesta vila o livro "Forte de Peniche – Memória, Resistência e Luta", da autoria da URAP.
A URAP apela a todos os seus sócios e amigos, a todos os democratas e antifascistas, para que participem nas comemorações populares do 25 de Abril, que se realizam por todo o país. Mais do que lembrar a luta contra o fascismo e pela liberdade, homenagear os que lutaram e sofreram, importa transportar estes exemplos para o presente e o futuro, num tempo marcado pela incerteza.
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