No Boletim nº 172 da URAP, relativo ao primeiro trimestre de 2023, destacamos uma entrevista a Rita Rato, directora do Museu do Aljube, Resistência e Liberdade, que poderá ser lida nas págs 9 a 11, nas quais descreve o museu, faz um balanço da actividade desenvolvida, fala do interesse da juventude pela história da ditadura e perspectiva o futuro.

Na pág. 2 fazemos um apanhado das inúmeras sessões por todo o país para apresentar a actividade editorial da URAP, nomeadamente os livros “Elas estiveram nas prisões do fascismo” e “Os presos e as prisões políticas em Angra do Heroísmo”.

A romagem anual ao mausoléu dos tarrafalistas, a evocação da fuga de Caxias, uma visita ao Parlamento Europeu e a homenagem aos vidreiros e à população da Marinha Grande, são temas que se podem ler nesta edição.
O trabalho da URAP junto das escolas e da nova geração está amplamente descrito na pág. 4, visando as comemorações do 25 de Abril de 2023, e já a preparar o 50º aniversário da Revolução dos Cravos, enquanto a pág. 8 lembra antifascistas que nos deixaram.

O Editorial, sob o título “O Princípio da Esperança”, aborda o momento político actual e os retrocessos a que assistimos, ao mesmo tempo que incita à defesa dos valores de Abril.

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O dia 1 de Abril de 2023 foi um dia de festa em Aveiro. Festa de democracia, festa de comemoração, festa de luta, festa de combate, festa de esperança, festa de liberdade.

Milhares de pessoas estiveram nas ruas da cidade e muitas centenas numa sessão no Centro de Congressos convocadas pela União de Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP) para lembrar o III Congresso da Oposição Democrática, que entre 4 a 8 de Abril de 1973 se realizou em Aveiro.

Cinquenta anos depois, assinalou-se este marco histórico do combate ao fascismo que foi, no dizer da mensagem de António Neto Brandão, o único sobrevivente da Comissão Executiva do Congresso, “uma verdadeira machadada na anquilosada estrutura do regime fascista, abrindo caminho para o 25 de Abril de 1974”.

O desfile que se seguiu à sessão, desde o Centro de Congressos até ao cemitério, que, segundo o coordenador da URAP, é “a romagem que há 50 anos o fascismo impediu e reprimiu”, foi integrado por milhares de pessoas, entre as quais se destacava a juventude, empunhando bandeiras da URAP e algumas faixas dos muitos núcleos que participaram.

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A URAP organiza em Aveiro, dia 1 de Abril, uma comemoração de âmbito nacional do 50º aniversário do 3º Congresso da Oposição Democrática, acontecimento de particular importância na luta contra o fascismo português, que veio juntar-se à luta de todos os democratas portugueses contra a ditadura e constituiu um forte impulso para o 25 de Abril de 1974.

O 3º Congresso da Oposição Democrática, realizado em Aveiro entre 4 e 8 de Abril de 1973, com a participação de 4 000 antifascistas, contribuiu para a queda do regime fascista e colonialista que durante 48 anos governou Portugal e foi um factor de consciencialização para os oficiais das Forças Armadas.

Do programa das comemorações consta:
- 14:30 - Sessão evocativa, no Auditório do Centro de Cultura e Congressos de Aveiro.
- 16:00 - Desfile e homenagem aos democratas de Aveiro.

Todos os democratas que queiram deslocar-se a Aveiro para participar nas comemorações devem inscrever-se e podem fazê-lo em autocarros fretados para o efeito. Para isso, devem contactar a organização da URAP para os telefones abaixo indicados.

Lembrar e agradecer aos que combateram contra o fascismo é um dever e é lutar pela continuação da liberdade e da democracia! Participa!

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Manuela Bernardino, do Conselho Nacional da URAP, apresentou o livro “Elas estiveram nas prisões do fascismo”, dia 28 de Março, no Auditório do Poder Local-Feijó, em Almada, numa sessão organizada pelo núcleo de multimédia do agrupamento de escolas Francisco Simões, com o apoio da União de Resistentes Antifascistas Portugueses-URAP e da Junta de Freguesia Laranjeiro-Feijó.

Cerca de 70 alunos do 12º ano e professores estiveram presentes numa sala que tinha como pano de fundo os nomes das 1 775 mulheres listadas no livro “Elas estiveram nas prisões do fascismo”. A sessão, que durou cerca de duas horas, contou com um debate muito interessante entre a oradora e os alunos da escola que se encontravam muito bem preparados sobre o tema.

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