Mais de 5000 cidadãos já subscreveram, em apenas cinco dias, a petição "Forte de Peniche - Defesa da memória, resistência e luta", desencadeada após o conhecimento das notícias sobre a pretensão do Governo de concessionar a privados a Fortaleza de Peniche para fins de actividade hoteleira.
Atingidas 5000 assinaturas, os promotores da iniciativa procederam no dia de ontem (5 de Outubro) ao envio para a Assembleia da República da Petição. Na exposição de motivos que acompanhou o envio da Petição lê-se que "tal decisão [de concessionar o Forte de Peniche] põe em causa a preservação da memória histórica do que foi o regime fascista e a luta pela liberdade, bem como as funções e características que um monumento como o conjunto edificado do Forte de Peniche deve ter", considerando os promotores que "a Assembleia da República se deve pronunciar contra esta intenção do governo, recomendando a defesa do Forte de Peniche como património nacional, símbolo da repressão fascista e da luta pela liberdade."
A Petição agora entregue no Parlamento, tem como primeiro subscritor José Pedro Soares, ex-preso político da Cadeia de Peniche e membro da direcção da URAP. Ao grupo dos primeiros 59 subscritores já se juntaram, numa longa lista de personalidades, nomes de vários quadrantes político-ideológicos e das mais diversas áreas da vida social, política e cultural nacional.
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A URAP apela à subscrição da seguinte petição:
A URAP – União de Resistentes Antifascistas Portugueses, confrontada com a decisão do governo de concessionar o Forte de Peniche a entidades privadas, não pode deixar de manifestar o seu profundo desacordo com uma medida que possa pôr em causa a preservação deste símbolo sinistro da repressão fascista, onde milhares de antifascistas presos foram submetidos a um regime prisional brutal.
O Senado brasileiro destituiu, dia 31 de Agosto, a presidente Dilma Roussef, eleita democraticamente, nas urnas, por 54 milhões de cidadãos.
O Ministério da Justiça português decidiu suspender a participação da Polícia Judiciária (PJ) no projecto Law Train, de formação israelita para interrogatórios, parceria que motivou uma campanha de repúdio de diversas organizações, entre elas da URAP.
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