Arquimedes da Silva Santos, antifascista, ex-preso político, escritor neo-realista, pedopsiquiatra, vai hoje a enterrar às 14:30, no Cemitério velho da Póvoa de Santa Iria, sua terra natal.
Arquimedes da Silva Santos, que morreu dia 8 de Dezembro aos 98 anos, foi preso por participar na campanha presidencial de Norton Matos, em 1949, torturado, enviado para as prisões do Aljube e de Caxias, e levado a julgamento em Tribunal Plenário. Aguardou o julgamento durante um ano, sempre incomunicável, sendo condenado a 18 meses de prisão, com perda de direitos políticos durante três anos. Terminada a pena, foi proibido de exercer Medicina em todos os organismos do Estado.
Foi um dos criadores do movimento neo-realista em Vila Franca de Xira, com Alves Redol, Soeiro Pereira Gomes e Carlos Pato, percursor do movimento a nível nacional; participou nos Passeios no Tejo, entre 1940 e 1942, com Álvaro Cunhal e Dias Lourenço, entre outros; estudou Medicina em Coimbra; integrou o Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra (TEUC) e depois o Ateneu de Coimbra.
Autor de uma extensa obra literária, em prosa, verso e ensaio, teve, enquanto universitário em Coimbra, uma grande actividade teatral e literária, juntamente com Fernando Namora, Joaquim Namorado, Fernando Lopes Graça, João José Cochofel e Eduardo Lourenço.
Em Maio de 2018, foi-lhe dedicada, no Museu do Aljube Resistência e Liberdade, uma sessão do Ciclo Intelectuais e Artistas na Resistência com leitura de poemas e canções pelo Coro Lopes Graça – de que era sócio honorário - e uma mostra bio-bibliográfica.
Foi agraciado pela Presidência da República, em 1998, com a comenda da Ordem do Infante D. Henrique, e, em 2001, com a Grã-Cruz da Ordem da Instrução Pública.


Bento Jesus Nunes Luís, dirigente da URAP desde 2013 e responsável pelo núcleo de Vila Franca de Xira, morreu ontem, dia 21 de Outubro. A surpresa desta notícia bateu forte em todos os companheiros e amigos. A URAP apela à participação numa homenagem amanhã, quarta-feira, a partir das 10:30 na casa mortuária de À-dos-Loucos, de onde o corpo seguirá às 15:30 para o cemitério de São João dos Montes.
O antifascista Manuel Ramalho Gantes morreu domingo, dia 20 de Outubro, na sua terra natal, Vidigueira, aos 93 anos.
O comandante Vasco Costa Santos, membro fundador da URAP, resistente antifascista e militar de Abril, morreu dia 1 de Setembro aos 99 anos.
O médico psiquiatra, escritor e político antifascista Manuel Louzã Henriques morreu hoje em Coimbra aos 85 anos. O velório decorre a partir das 16:00 na Capela Grande de S. José, em Coimbra, e será cremado amanhã, dia 30 de Julho, às 11:00 no cemitério de Taveiro, naquela cidade.
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