Maria Lucília Estanco Louro, professora, historiadora e resistente antifascista, morreu dia 27 de Dezembro, em Lisboa, aos 96 anos.
Nascida em Beja, em 27 de Janeiro de 1922, Maria Lucília Estanco Louro pertence à geração que conciliou a docência e a intervenção cívica com o combate militante à ditadura. Pertenceu à Associação Feminina Portuguesa para a Paz (AFPP) e era a única sobrevivente do grupo que, em finais da década de 1930/inícios de 40, participou nos passeios do Tejo.
Maria Lucília Estanco Louro era licenciada em Ciências Histórico-Filosóficas, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em 1944, com a tese Paul Gauguin visto à luz da Caracterologia - Vida e Obra, e foi uma referência enquanto docente que se preocupou com a formação pedagógica, cultural e científica dos seus alunos à luz da historiografia mais avançada.
Como activista política da AFPP participou, entre outras coisas, em inúmeras sessões culturais e pacifistas, integrou o núcleo de militantes que organizava pequenos pacotes com cigarros e géneros que mandavam, em colaboração com o Socorro Vermelho Internacional, para os prisioneiros nos campos de concentração.


Catalina Pestana, a última provedora da Casa da Pia de Lisboa desde 2002 e defensora acérrima das crianças vítimas de assédio sexual naquela instituição, morreu em Lisboa dia 22 de Dezembro passado, aos 72 anos, vítima de uma infecção generalizada.
O advogado antifascista Flávio Sardo, que participou e organizou os II e III Congressos da Oposição Democrática, morreu quarta-feira em Aveiro aos 86 anos.
Artista plástico, militante activo contra a ditadura, democrata e cidadão íntegro, Júlio Pomar morreu hoje em Lisboa aos 92 anos.
O socialista e advogado António Arnaut, nascido em Cumeeira, Penela, distrito de Coimbra, morreu hoje aos 82 anos em Coimbra, onde estava internado nos hospitais da Universidade.
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