A URAP apela à participação na sessão de apresentação da 3ª edição revista da obra "Forte de Peniche – Memória, Resistência e Luta", editada pela URAP, que terá lugar no próximo dia 28 de outubro, pelas 14h30, na Fortaleza de Peniche.
Nesta nova edição, agora revista, procede a uma atualização de elementos referentes à Fortaleza de Peniche, com particular destaque para o número de presos políticos registados, que terão passado por esta cadeia do regime fascista do Estado Novo, que se cifra exatamente nas 2500 pessoas.
Nesta obra é efetuado o relata do amplo movimento de opinião que se afirmou e prossegue, em defesa da preservação e renovação da Fortaleza de Peniche enquanto símbolo da repressão fascista e da luta pela liberdade, apresentando um amplo e diversificado conjunto de textos e elementos informativos que, abrangendo outros temas sobre a Fortaleza, dão natural destaque às difíceis condições vivenciadas pelos presos políticos, às suas lutas e à sua coragem e dignidade sempre reafirmadas. Inclui ainda uma lista completa dos presos que cumpriram penas na Fortaleza de Peniche durante a vigência da cadeia política (1934-1974).


Um grupo de sócios do Sindicato da Hotelaria do Algarve deslocou-se ao Forte de Peniche e ao Memorial aos Presos Políticos, dia 14 de Outubro, numa visita guiada por Adelino Pereira da Silva, ex-preso político naquela cadeia.
"Tinha 12 anos e vivíamos no Bairro de Alvalade, num r/c, e um dia, de madrugada, acordo com violentas punhadas na minha janela do quarto que dava para as traseiras, abri estremunhado as portadas e vi dois homens de pistola em punho. ´É a polícia, abra´. Seguiram-se cenas de indignação e angústia (...) e levaram o meu pai. Passaram-se dias sem qualquer informação e lembro com nitidez a ida com a minha mãe, de mão dada, à António Maria Cardoso para exigir notícias e uma visita. Recordo perfeitamente um cheiro a perfume, e estou a ver ainda as unhas bem cuidadas, envernizadas, das mãos do inspector Sacheti, a sua calva brilhante e luzidia, o seu rosto inexpressivo, e pensei: é este o homem que está a fazer mal ao meu pai!"
A URAP e o Museu do Aljube promovem uma sessão de homenagem a Alexandre Cabral, por ocasião do centenário do seu nascimento. A iniciativa terá lugar no dia 11 de Outubro, Quarta-feira, às 18h, no museu.
Aurélio Santos, coordenador da URAP entre 2006 e 2013 e actual membro do Conselho Nacional, antifascista desde a juventude que dedicou a vida ao combate pela democracia e membro do Partido Comunista Português, do qual foi dirigente, morreu este Sábado, 30 de Setembro, aos 86 anos.
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