O médico psiquiatra António Esteves, democrata e resistente antifascista, morreu hoje em Lisboa aos 100 anos.
António Esteves, antifascista e lutador pela democracia, era membro fundador da URAP e entre 1950 a 1974 apoiou muitos presos políticos e resistentes, não se deixando intimidar pela PIDE e não permitindo nunca que os agentes estivessem presentes em qualquer acto médico para que fosse solicitado nas cadeias de Caxias ou Peniche, ou instituições médicas privadas ou públicas.
Psiquiatra conceituado e cidadão exemplar, desde muito jovem combateu o fascismo e denunciou sempre os riscos, inclusivamente de morte, em que os presos políticos muitas vezes incorriam em virtude das torturas ou de falta de assistência médica.
Após o 25 de Abril de 1974, em 2 de Maio, foi eleito por unanimidade, em Assembleia Geral de todos os trabalhadores do Hospital Júlio de Matos, para a Comissão de Gestão. Durante toda a sua longa vida foi um profissional competente e rigoroso e até ao fim manteve a mesma coerência política, nunca se afastando da intervenção cívica.


A URAP convida todos os sócios e amigos para a cerimónia anual de Homenagem aos Tarrafalistas, homens que, pelo seu amor à Liberdade, perderam anos das suas vidas e 32 deles, as suas próprias vidas, no Campo de Concentração do Tarrafal.
Um dos grandes símbolos da resistência antifascista, Georgette Oliveira Ferreira, a primeira mulher a evadir-se de uma prisão política, morreu dia 3 de Fevereiro em Lisboa.
O ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, constituiu, dia 27 de Janeiro, o Grupo Consultivo do Forte de Peniche, que deverá num prazo de três meses apresentar uma proposta sobre o futuro da fortaleza.
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