A União de Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP) foi de novo surpreendida pelas notícias de um projeto que se esperava estar definitivamente enterrado. Custa a compreender que um presidente de Câmara de maioria PS e conhecidos investigadores de história contemporânea, conhecedores do que foi o fascismo e os seus crimes, retomem projeto tão contestado, tão repudiado por democratas e antifascistas e, uma vez mais desrespeitem, com retocados argumentos, sentimentos de todo um povo que tanto sofreu e lutou para se libertar da opressão e do terror.
Protagonistas e promotores podem de novo exibir percursos académicos, propósitos «científicos», motivos diversos para justificar o injustificável: aproveitar a antiga escola na terra do ditador fascista, símbolo de uma escola segregadora, e quererem impor a construção de um pseudo «Centro de Investigação» do Estado Novo, que contribuiria para branquear um regime criminoso e a figura sinistra do ditador nascido no Vimieiro.