No Porto, um grande número de amigos da URAP, organização que integra a Comissão Promotora das Comemorações Populares do 25 de Abril do Porto, concentrou-se junto à antiga cadeia, no Largo Soares dos Reis, onde dois oradores falaram aos manifestantes, para em seguida descerem a Rua dos Aliados.
“Neste início do desfile, cabe à URAP, em frente ao edifício onde a polícia política prendeu, torturou e matou, a honrosa missão de evocar a resistência antifascista, homenageando todos aqueles que, sujeitos à mais brutal repressão, combateram o fascismo, e cuja abnegada coragem nos continua, e continuará sempre, a inspirar”, disse Mário Esteves dirigindo-se aos manifestantes.
Depois de evocar a acção militar dos capitães de Abril, o orador afirmou que estes “souberam interpretar o sentimento do seu povo”, e “abriram as portas ao levantamento popular que, transformando acção em revolução, consolidou o derrube do regime fascista e as conquistas da Liberdade e da Democracia”.
O dirigente da URAP assinalou igualmente a celebração dos 46 anos de existência da Constituição da República Portuguesa e referiu o momento actual “marcado pela guerra e pelo recrudescimento de forças fascizantes”.


O núcleo da URAP de Vila Franca de Xira organizou um desfile comemorativo do 25 de Abril na cidade de Vila Franca de Xira, encabeçado pelos ex-presos políticos Afonso Rodrigues, Álvaro Pato, António Nabais, Eduardo Meireles e José Ernesto Cartaxo.
"O 25 de Abril e a Constituição da República Portuguesa” foi tema de uma sessão pública organizada pelo núcleo de Almada da URAP no Auditório Osvaldo Azinheira, da Academia Almadense, dia 23 de Abril, presidida por Carlos Mateus, membro do Conselho Directivo.
“Elas estiveram nas prisões do fascismo” foi apresentado em Viseu, dia 23 de Abril, por Conceição Matos, ex-presa política nascida em São Pedro do Sul sujeita a torturas e espancamentos, homenageada, entre muitos outros, por Zeca Afonso na canção “Na rua António Maria”.
“Aos que em Mafra, na longa noite fascista, foram portadores da chama da liberdade. O nosso reconhecimento”, lê-se na placa instalada no 40º aniversário do 25 de Abril, local onde este ano o núcleo da URAP de Mafra se concentrou para homenagear todos os antifascistas presos entre 1933 e1974.
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